sábado, 20 de agosto de 2022

Gilberto Mendes. Gilberto Mundos

14-16 de setembro, 2022

(on-line)


 Neste ano de 2022, comemoramos o centenário do nascimento de Gilberto Mendes. Compositor, escritor, ensaísta, professor, cidadão do mundo, observador atento do mundo contemporâneo, Gilberto Mendes visitou e inventou vários mundos: de linguagens, de reflexão e análise sobre o seu tempo. Criou redes de colaboração artística, que lançaram sementes (Festival Música Nova, Madrigal Ars Viva) e criaram raízes (formação de diversos profissionais e artistas contemporâneos).

Para celebrar a data, o 18º Encontro Internacional de Música e Mídia reunirá convidados especiais a fim de estimular discussões aprofundadas no que diz respeito à trajetória artística do músico, às suas poéticas artísticas, aos diálogos intersemióticos presentes em sua própria obra, assim como às leituras e aos desdobramentos dessa mesma obra na produção de artistas contemporâneos.

A programação será composta de três mesas-redondas, contando com a participação de convidados nacionais e estrangeiros, no período da tarde. O período da manhã dará voz aos pesquisadores que tiveram propostas de trabalho selecionadas para apresentação, após avaliação por um comitê científico.

O Centro de Estudos em Música e Mídia- MusiMid- convida os interessados a acompanharem o evento, transmitido em versão “on-line”.

 

Modalidades de participação: No momento, somente na categoria de OUVINTE.

 

Inscrições: GRATUITAS.

 

Maiores informações e inscrições: www.doity.com.br/18encontromusimid

 

Observação: Serão emitidos certificados aos inscritos na plataforma Doity que tiverem acompanhado 75% das atividades.

 

Realização: Centro de Estudos em Música e Mídia- MusiMid

 

Apoio: Programa de Pós-graduação em Comunicação – Universidade Paulista (UNIP)

17o. Enccontro Internacional de Música e Mídia/ 17th. Music and Media Meeting

 


LA VIE EN ROSE? MÚSICA E MÍDIA EM TEMPOS TÓXICOS.

15 a 17 de setembro, 2021

(ENGLISH FOLLOWS) 


Em 1905, Canhoto, compunha Abismo de rosas... Em 1968, o cantautor Geraldo Vandré apelaria às flores para chamar a população à reação e resistência face à repressão imposta pelo período militar. Novamente as flores mudariam a história de Portugal... Em 1978, os Secos e Molhados cantavam: “Que fim levaram todas as flores?” Enquanto isso, o “Rei” Roberto Carlos investe na imagem madura com As flores do jardim da nossa casa ,  que contrasta com as “flores astrais” dos Secos e Molhados. “Desbunde” e verve conservadora, simultaneamente, angariavam um público crescente, sempre com o apelo das flores… Mais recentemente, em 2013, o grupo Confronto lança a canção heavy metal Flores da guerra, aludindo a heroínas afrodescendentes guerreiras

As ideologias se valem das flores para lançar suas pautas. Da tulipa se extrai o ópio viciante, que também é analgésico, anestésico; estimula a criatividade, ao mesmo tempo que embota os sentidos. Costuma-se consumi-lo como fuga ou conformismo, face a uma realidade mórbida.

As flores evocam paixões, quase sempre associadas a canções de cunho amoroso, de viés melodramático. Na cultura latino-americana, explora-se o potencial sinestésico floral. Mas flores também lembram experiências malfazejas. Por que amores e ódio se juntam a flores, simbolizando sufocamento? Não seriam as flores também construtos imaginários ambíguos e polivalentes, prestando-se a usos que desafiam as categorias de conformismo e resistência, bem e mal, pureza e contaminação? As flores também não impõem seu encanto ao brotarem do e no asfalto?

Recorremos às flores, ao mesmo tempo veneno e remédio, para motivar um cenário de discussões que pautarão o 17º. Encontro Internacional de Música e Mídia. O mundo tem sido palco de acontecimentos que apontam para um retrocesso em relação a conquistas obtidas, cuja bandeira ostentava alguma flor como símbolo. O que o mundo presencia hoje é um ecossistema que se deteriora; doenças extintas ressurgem. Pessoas são vítimas de extermínio por motivos banais; falsos mitos são abraçados como mensageiros da verdade. Ademais, um vírus toma de assalto o planeta, trazendo desgraça e perplexidade. 

Indagamos: Como o século XXI que, com as conquistas obtidas graças ao desenvolvimento das ciências, teria tomado esse rumo em direção a um abismo – que não seria de rosas? Dentre as diversas justificativas possíveis acreditamos que, em grande medida, tais fenômenos se devem a um desmanche da educação; a extinção de disciplinas na área de artes em muito contribui para que a capacidade de reflexão não seja estimulada; a música tão presente na vida cotidiana, é mais que entretenimento: ela é de formação.

É preciso reavaliar este cenário para podermos refletir sobre medidas que venham a oferecer perspectivas futuras mais alvissareiras... Para tanto, o MusiMid convida todos os interessados a participarem do seu 17º. Encontro Internacional.

Modalidades de participação:

- Comunicações orais

- Ouvintes

 

Datas importantes:

Chamada para trabalhos: 03 de maio a 14 de junho

Resultado da seleção: 28 de junho

Envio dos trabalhos completos: de 03 a 31 de agosto.

Data: 15 a 17 de setembro de 2020.

Maiores informações e inscrições na página: www.doity.com.br/17encontromusimid 

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LA VIE EN ROSE? MUSIC AND MEDIA IN TOXIC TIMES.

17th. Music and Media  Meeting

 September 15th-17th, 2021


 

In 1905, Canhoto composed a work that would become an obligatory piece in the Brazilian guitar repertoire: Abismo de rosas. In 1968, the singer-songwriter Geraldo Vandré would appeal to flowers to call on the population to react and resist the repression imposed by the military period. Again the flowers: this time carnations would be used, in Portugal, to change the history: the Carnation Revolution (1974). In 1978, in the midst of the military dictatorship, Secos e Molhados insistently asked: "What happened to all the flowers? At the same time, the "King" Roberto Carlos composed The flowers of our home’s garden; intimate and melancholic, contrasting with the "astral flowers" of Secos e Molhados. Simultaneously, "overwhelmed" and conservative verve garnered a growing audience, always appealing to flowers... More recently, in 2013, the group Confronto released the heavy metal song Flowers of War, alluding to African descendant warrior heroines.

The ideologies make use of flowers to launch their agendas (red rose, milk cup).   Red tulip is an analgesic, anesthetic, hypnotic, sedative and serves to stimulate creativity, also serves to numb, to dull the senses - when all that is left is escape or conformism, in the face of a morbid reality.

And through symbols we can talk about passions. They are almost always associated with love songs, moreover in Latin-American culture. But we also talk about the soft petals, the shape, the colors and the perfume. Why would the beautiful flowers be related to unhealthy events and experiences? Why do loves and hates come together with flowers? How many marigolds will history have recorded and still waits to note? \ Still, beyond any binary images, aren't flowers also ambiguous and polyvalent imaginary constructs, lending themselves to uses that challenge the categories of conformism and resistance, good and evil, purity and contamination? Don't the flowers also impose their charm by sprouting from and on the asphalt?

We resort to flowers, at the same time poison and remedy, to motivate the discussions that will guide the 17th International Music and Media Meeting. The world has been the stage for events that point to a regression in relation to conquests obtained not infrequently through the centuries, which flag carried a flower as a symbol: democracy, represented by gender and ethnic equality, respect and tolerance in relation to religious manifestations and cultural diversity; the right to education, to vote, to ideological plurality. What the world is witnessing today is the deterioration of ecosystems; the resurgence of diseases that were thought to be extinct. People are exterminated for banal reasons; false myths are embraced as holy messengers of truth. As if this were not enough, a virus takes the planet by storm, causing disgrace and perplexity.

How could the 21st century, which, with the conquests obtained thanks to the development of sciences, have taken this course towards an abyss.... that would not be lined with roses? Among the several possible justifications, we believe that, to a great extent, these phenomena are due to a dismantling of schooling - which implies in teacher training, working conditions, infrastructure and, above all, in the guidelines that organize the educational directives. In addition, the extinction of subjects in the arts area contributes a lot to this lack of capacity for reflection. In addition, among the arts, music, so present in our daily lives, has its share of participation elevated: beyond entertainment, it is part of the basic educational formation. It is necessary to revaluate this scenario so that we can reflect on measures that will offer brighter future perspectives...

 

Modalities of participation:

Oral communications

Listeners

 

Important dates:

Call for papers: May 3 to June 14

Selection results: June 28

Submission of complete papers: August 03 to 31.

Date: September 15 to 17, 2020.

More information and registration at: www.doity.com.br/17encontromusimid

 

 



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domingo, 2 de agosto de 2020

Recuperando a memória do Centro de Estudos em Música e Mídia

Desde a sua fundação em 2001, o MusiMid vem se empenhando em registrar todas as atividades realizadas, projetos em andamento, parcerias institucionais etc. Com essa intenção, desde 2006, quando ocorreu o 2º Encontro, foi dado início à publicação dos trabalhos apresentados pelos participantes. Inicialmente, impressos; depois em CDROM, até a publicação digital.

A despeito de todos os cuidados, alguns incidentes desagradáveis ocorreram, como a invasão do servidor da página por hackers, roubo de materiais etc. impuseram dificuldades na obtenção dos materiais. Alguns deles, infelizmente, estão definitivamente perdidos.

Após um longo período de buscas, encontramos profissional que está recuperando e realocando todo o material – que não é pouco...- à disposição dos interessados. É tarefa exaustiva e demorada, ao mesmo tempo que necessária.

Ao visitar os materiais, podemos reencontrar amigos e mestres. É também o momento em que numa tristeza doce reencontrar aqueles que participaram das atividades e que, infelizmente, não mais aqui estão...

Com a atualização, passam a integrar à página documentos audiovisuais, pelo Castbox e Youtube: MusiMidRádio e MusiMidFilmes.

Paralelamente a esta recuperação importante, o criação da Revista Brasileira de Estudos em Música e Mídia vem completar este projeto de diálogo, intercâmbio e difusão da pesquisa nas áreas interdisciplinares da música com a comunicação.

Por fim, cabe reiterar, uma vez mais, que o trabalho da equipe é feito de maneira colaborativa e não visa lucro, não havendo formas de financiamento efetivas e regulares.


1o. Encontro de Música e Mídia: Resumos das sessões temáticas

 

 O imaginário da metrópole nas canções tropicalistas

Prof Dr. Marcos Napolitano (DH/USP)

 

Esta comunicação visa analisar as representações e imaginários da metrópole veiculados pelas canções tropicalistas produzidas entre 1967 e 1973. As referências tropicalistas à metrópole fizeram parte de uma nova maneira de ler a modernização brasileira, de forma diferenciada do imaginário veiculado pela canção engajada da época, ainda ligada às elegias do morro (campo) e do sertão

(subúrbio) como estratégia de crítica cultural e política. Nossa hipótese é que, ao trazer a centralidade urbana para as letras e para as sonoridades musicais, os tropicalistas procuraram enfatizar o choque arcaico-moderno, o cosmopolitismo periférico e a tradição poética modernista como eixos de uma nova crítica cultural à modernização brasileira. 

 

As Marcas Imemoriais nas Vozes dos Intérpretes Radiofônicos

Profª Drª Carmen Lúcia José

 

Porque os textos culturais se inscrevem num encadeamento de produção que envolve o acontecimento e a memória, o tema central deste trabalho é pensar como os textos radiofônicos atualizam fórmulas orais que, originariamente, pertencem a tempos e espaços primordiais, isto é, como algumas marcas produzidas pelo corpo funcionando como mídia das comunidades arcaicas são preservadas no repertório da espécie e reaparecem no presente das performances vocais radiofônicas, atualmente. Enfim, como o "performer" e o locutor continuam cantando/contando os atributos que devem ser lembrados para que outros sejam esquecidos, deslocando o lugar da memória: do corpo-mídia para uma máquina que, do corpo, se apropria da voz.

 

 

Namoro & briga, as artes do forró: auto-retrato de um baile popular brasileiro

Profª Drª Cláudia Neiva Matos

PACC/UFRJ /CNPq

 

Embora o samba seja mais amplamente conhecido como gênero representativo da cultura popular brasileira, quando se trata de dançar em pares enlaçados, o tipo de música mais difundido no país é certamente o forró. Usado para designar imprecisamente vários gêneros da música nordestina  (baião, coco, xaxado etc.), o termo “forró” costuma referir-se às peças de dança mais animadas, por oposição ao xote, de andamento mais lento. Mas também denomina o próprio evento dançante e o local onde ele ocorre: um baile popular animado por um pequeno conjunto de músicos, cuja formação mais tradicional é o trio de sanfona, zabumba e triângulo e/ou pandeiro. Como frequentemente acontece nas músicas feitas para dançar, um dos temas favoritos das letras de forró é a própria crônica do baile. Sob a perspectiva dos dançarinos ou dos músicos, o discurso descritivo e/ou narrativo, vazado de humor, apresenta situações e tipos característicos, girando normalmente em torno de dois tópicos: a licenciosidade erótico-amorosa propiciada pela dança; as ocorrências de conflito e violência. Sob ótica eminentemente masculina, os jogos da sedução e da valentia estimulam o psiquismo sensual e as energias corporais, concorrendo juntamente para “esquentar” o baile. Proponho uma análise poética e ideológica desse veio temático nas letras de forró, consideradas num sistema estético e semântico que inclui aspectos musicais e voco-performáticos. Para isso será examinado um extenso corpus de canções colhidas na obra dos dois maiores ícones da música nordestina brasileira, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, mas incluindo também peças de outros artistas das velhas e novas gerações forrozeiras.

 

Sonoridades no ambiente urbano

Prof. Dr. Norval Baitello Jr.

 

O estudo das sonoridades no ambiente urbano pode apontar dois grande indicadores: um sintoma e um modelo. O sintoma nos conduz a uma enfermidade, o crescente desprezo pela sonoridade e o tipo de comunicação que ela requer. O modelo nos conduz a pensar hipóteses de um ecossistema comunicacional fundado em uma cultura do ouvir, portanto não centrado na produção e na produtividade

 

 

Gênero musical, música romântica e mediação.

 

Profª Drª Martha Tupinambá de Ulhôa

 

A noção de gênero musical, por mais difusa que seja, é fundamental para o estudo da música popular na América Latina.  A comunicação discute o conceito, tomando como ponto de escuta a chamada música romântica e o trabalho de Jesus Martín-Barbero. O estudioso da cultura latino-americana vê o gênero como um contexto de mediação entre a lógica da produção e os formatos industriais, por sua vez ressignificado a partir de matrizes culturais profundas. A mediação genérica explica os vários sentidos que vão tomando (ou retomando) os sons musicais ao longo do tempo. Assim, podemos escutar como valores culturais são mediados pela música romântica, inicialmente sob a forma de modinha de salão e depois canção seresteira popular, passando por boleros e sambas-canções, se inscrevendo na canção de amor ligada à Jovem Guarda e finalmente no formato transnacional da balada.

 

A Música Popular Brasileira na Oficina da História.

Prof. Dr. José Geraldo Vinci de Moraes

RESUMO Nos últimos anos tem crescido no circuito dos historiadores de ofício o número de trabalhos envolvendo temas relacionados à música popular urbana. Como ainda são raros os arquivos e bibliotecas organizadas de partituras e folhas avulsas, registros de gravações de discos e programas radiofônicos, não existem compilações sistemáticas, catalogações, quantificação e sistematização de discos e difusão de canções em espetáculos e nos meios eletrônicos, e assim por diante, boa parte dessas investigações ainda têm como referência e recorrem às obras de cronistas, jornalistas e colecionadores, sobretudo aquelas da primeira metade do século XX, geralmente qualificadas e tratadas exclusivamente como fontes primárias. Todavia, mais do que sujeitos atuantes de um processo em instituição e/ou simples memorialistas, esses cronistas formaram uma espécie de primeira geração de historiadores da moderna música urbana (Vagalume, Alexandre Gonçalves Pinto, Orestes Barbosa, Jota Efegê, Almirante e Lucio Rangel). Essa geração nascida na passagem dos séculos XIX/XX além dos registros da memória e dos eventos culturais, reuniu, organizou, compilou, arquivou e, sobretudo, “inventou uma tradição” na nossa cultura/música popular que permanece viva e é difundida até hoje. Na realidade eles criaram o “acervo”, a “narrativa” e consagraram uma interpretação sobre a música popular, formando, assim, uma espécie de corrente historiográfica. Além disso, eram na época seus únicos historiadores, pois, tanto para os historiadores de ofício como para os intelectuais preocupados com a preservação e difusão da cultura nacional a música popular urbana não tinha nenhuma relevância cultural ou social. Pois bem, essa discussão pretende justamente examinar de modo crítico o conjunto dessas obras como um autêntico trabalho historiográfico e como elas inauguraram um discurso que se solidificou e se consagrou com o tempo.

 

No princípio, era a roda

 

Roberto M. Moura

Professor-adjunto das Fac. Integradas Helio Alonso

Doutor em Música pela UNIRIO

robertommoura@uolcom.br

 

 

No princípio, era a roda refaz a trajetória histórica do samba a partir de duas convicções principais: a primeira, de que uma coisa é o samba, um gênero musical; outra, a escola de samba, sua institucionalização; e, uma outra ainda é a roda de samba, que é a ambiência que permitiu o desenvolvimento do samba como gênero e, portanto, antecede o gênero e a escola; a segunda convicção é de que a roda é o lugar onde o sambista se sente verdadeiramente em casa – e é isso que explica o seu ressurgimento desde que, com o crescimento e a profissionalização das escolas, estas se tornaram progressivamente mais “rua” para aqueles que a fundaram.

 

 A busca de uma "nova" música popular caipira

Alberto T. Ikeda (Instituto de Artes - UNESP -. S. Paulo)

 

Resumo: A comunicação tratará de um movimento na música popular de São Paulo que vem ocorrendo desde meados da década de 1990, de alguns grupos musicais (“bandas”) que se voltaram para as “raízes” da música paulista (cultura caipira), mas interessadas, ao mesmo tempo, na “modernidade”, sobretudo sob um lastro “pop-rock”. Provisoriamente, adoto para este movimento a denominação “pop-caipira”, diante do uso desse termo por alguns integrantes de bandas que estão sendo estudadas. Trata-se, tudo indica, de uma das facetas “locais” (neste caso paulista) dos tão disseminados processos de “releituras” estéticas, típicas da denominada “pós-modernidade”, que se tornaram modismo por todo o Brasil na década de 1990, sob o influxo também do movimento denominado world music. No caso de São Paulo, nota-se que a influência mais imediata nos grupos do “pop-caipira” foi a do movimento “mangue-beat”, iniciado em Pernambuco por volta do 1991, e que teve ampla repercussão por todo o País, destacando-se nele a figura do compositor Chico Science, falecido em 1997. Algumas bandas a serem comentadas são: Fulanos de Tal, iniciada em 1996, em Rio Claro; Mercado de Peixe, surgida em 1997, na cidade de Bauru; Matuto Moderno, que teve início na capital, em 1999; e outras. Busca-se nesta comunicação, introdutoriamente, uma compreensão dos meandros histórico-sociológicos que dão lastro ao movimento musical em questão.

 

 

 


sábado, 1 de agosto de 2020

sábado, 25 de maio de 2019

15th International Meeting of Music and Media What has gone with the wind… Over the rainbow? (About music and memory) September25-27, 2019 Sao Paulo, Brazil

In 1939, 80 years ago, the world has been thrilled by the premiere of two cinematographic works: Gone with the wind and The Wizard of Oz. The memorable films, in addition to the direction of Victor Flemming, share another important participation: that of the composer Max Steiner, either in the writing of the soundtrack or in the arrangement of songs. Both the theme of Tara and Over the Rainbow still remain as classics of the repertoire of contemporary artists, occupying the sound landscape and memorial of generation to generation.
Twenty years later, during the 1st. World War, Darius Milhaud arrives in Rio de Janeiro for a diplomatic mission. In contact with the country, his music incorporates sound and musical landscapes: His works, not only adopt local genres such as tango, Samba, Maxixe includes excerpts of known pieces, which appear in the form of quotation, as the result of listening. All sorts of music, in concerts, in the soirées and street music... Saudades do Brasil, a piano suite consisting of twelve pieces  is a centenary work and, coincidentally, is strongly related to the studies of music in its many interfaces: By employing this the compositional technique, Milhaud not only inscribes in his repertoire the Brazilian musical soundscape in which he lived but also by quoting excerpts from pre-existing pieces, he transforms into memory "the spirit of those days”, to stop beyond the very musical aesthetics he developed (the polytonality), Which wasn’t the composer’s propose, at first, but it was what has become after all.
Much of Milhaud's work is a memory of music by music. If Over the rainbow can be heard repeatedly in Judy Garland’s voice, on the most different media platforms, by the end of the 19th. century there was no other way to preserve it except for writing (the score). The recording facilities allowed the creation of collections, holdings, which could be stored and catalogued.
The creation of collections and documentary sources are the result of personal or institutional initiatives and, in order to be maintained, public policies are priorities – guaranteeing them for their preservation and continuity of the classification and archiving work. In this sense, the informatics came to boost the relevant work developed by information science through the dissemination of digital platforms. On the other hand, when taken up by less rigid systems, it results in important repercussions. Loosing of the classification criterions or the timid presence of specialists makes Spotify, Deezer and other companies free to offer works in large quantity online not infrequently organized in an incomplete or even unreasonable way. And in another sense, the emergence of channels like Youtube began to allow access to unattainable or unknown materials. At this point, it is worth asking: how can the songs absorbed by these platforms be recognized or found? Are there interests, mechanisms and actions to ensure the incorporation of a broad repertoire to the collections, especially considering the short life of media platforms and formats of the reproductive devices?  No less disturbing is the relationship that is established between file and memory: There are works that will never be transferred from one technology to another, not only due to a marketing decision in order to attend capital demands, but also cultural ones: Culture is memory which, on its turn, implies selection. As the theorists of the School of Tartu point out, the dynamics of memory is processed in the movement of permanence and disposal: the cultures remember forgetting... But they tend, on the other hand, to generate new texts, from the processes of resignification of the pre-existing ones.
 From another aspect, we can also highlight the subjectivity of musical memory, whether individual or collective: There are works established as places of memory, marking specific or periodized events, establishing bonds with facts to collective life or individual. The importance, the strength of the signs (musicals) of memory can interfere in their duration of memory places.
Finally, mechanisms of an organic nature determine the configuration of the memory. Here, the forms of sensitivity vary by stimuli (or its absence), based on a biological (neuro) system. Here one cannot fail to emphasize its importance in the configuration of the composer's memory, which forms part of auditory experiences from childhood, the memory that the musician develops (interpretative styles, performance models, etc.), as well as the Memory of listeners which, in turn, is also constituted by a universe of listening acquired throughout life.
The 15th Meeting intends, thus, to bring to the discussion the relationships between memory and music. Memory, as a mechanism of storage and fixation, but also of disposal, resignification and generation of new texts; Memory as an activity of the organism, which oscillates and creates semantic processes through various stimuli; Memory as a form of registration and its specific techniques of conservation. Also, the role of the policies and institutions that work with the objective of preserving the musical repertoire of all time is at the centre of the discussions here proposed.
This year, MusiMid has the participation of professors-doctors Ana Guiomar Rêgo Souza (UFG), Barbara Heller (UNIP), Herom Vargas (Methodist), Magda Clímaco (UFG), Márcia Ramos de Oliveira (UDESC), Mônica Rebecca Ferrari Nunes (ESPM), Priscilla Perazzo ( USCS) as interlocutors, in order to explore the various ways of understanding the memory in its organic aspect and its reverberations in the forms of sensibility and aesthetic creation, as well as in the forms of sociability. To this end, the debates are structured in three thematic axes:

1 Archives, Database, collections:
The selection, organization, and configuration policies of the databases. The role of social actors: governmental and non-governmental institutions in safeguarding and preserving. Discards and dismantling of collections. The role of oblivion and the processes of resignification.

2 A large universal collection? Remembered and forgotten.
Not everything is stored as a file, such as memory. There are choices that determine permanence or forgetfulness, guiding processes of resignification. Platforms such as Spotify and Deezer do not imply the transfer of all works. Furthermore, the transfer of Phonographic Materials have ceased to bring information about the original recording. This thematic axis intends to discuss these implications

3. Memory and music: processes of memory and forgetfulness understood under the biological and neurobiological aspects (from cognition to stimuli of sensory and emotional nature such as traumas, etc.); The cognitive operations that enter the scene in the fixation of memories: subjectivities; Affectivity Bond powers; Musical worms; Hallucinations and altered states of consciousness;  musician and listener memory and their configuration forms.

Modalities of participation:
Oral Communications
Poster Sessions
Audiovisual Sessions.

Important Dates

Call for work: April 1st., May 13th
Selection Result: June 5
Submission of full papers: from the 1st to the 12th of August.

More information (coming soon), on the page: www.doity.com.br/15encontromusimid

Three categories of presentations will be accepted: written texts, posters, and audiovisuals (DVD format). An abstract (200-250 words) must be sent prior to May 13th. Abstracts must be accompanied by a title, 5-10 references, 3-5 keywords, and a biographical note (up to 5 lines). Results will be announced until 5th. June. The authors will be directly notified through Doity platform.

Instructions for submission of full papers:

Written texts:
The full version of the texts (between 10 and 20 pages) should be delivered on the 1st to the 12th of August, already in its final version, with the format of editing and text revision. ALL works submitted within the publication standards and the regulatory the deadline will be published in minutes. It should be Noted that the author is responsible for reviewing the text and requesting permission to reproduce images to the copyright holders.

Audiovisual texts: Audiovisual works should be between three and ten minutes, and should be presented in DVD format. It will Consist of a thematic session for modalities of this nature. The final result must contain the entire datasheet.
Registration fee


Additional information

Please contact the email musimid15@gmail.com or visit the webpage http://www.doity.com.br/15encontromusimid.mus.br/



15º Encontro: Programação


 

CRONOGRAMA/ SCHEDULE

 

 

25 de setembro

25th. September

 

 

26 de setembro

26th. September

 

 

27 de setembro

27th. September

 

 

10h00-10h15

 

Credenciamento/ Registration

 

 

 

 

 

 

 

10h15- 10h45

 

Solenidade de Abertura/Opening

 

Maurício Ribeiro da Silva

Barbara Heller

PPGCOM/ UNIP

Heloísa de A. D. Valente

Coordenadora do MusiMid? MusiMid Leader

 

 

 

 

10h00-13h00

 

Sessões temáticas

 1, 2, 3

Thematic Sections

1, 2, 3

 

Comunicações orais

Papers

 

 

 

 

 

10h00-13h00

 

Sessões temáticas

 4, 5, 6

Thematic Sections

 4, 5, 6

 

Comunicações orais

Papers

 

 

 

 

10h45-12h30

 

Palestra/ conference

 

Verás que todo es mentira. Tango y memoria social en torno a Enrique Santos Discépolo

 

Sergio Pujol

 

Anfitriã/Host: Heloísa de A. Duarte Valente

 

12h-00 14h00

(Intervalo/ intermission)

 

12h00- 14h00

(Intervalo/ intermission)

 

 

12h00- 14h00

(Intervalo/ intermission)

 

14h00-16h00

 

Mesa-redonda 1/Round table 1

 

Memória da música: acervos e instituições:

Memory of music: archives and institutions:

 

Diósnio Machado Neto

Pedro Paulo Salles

Lucas F .Lara

Rafael Vítor Barbosa

 

Coordenador/ coortdinator: Marcos Terra.

 

 

14h00- 16h00

 

Mesa redonda 2/ Round table 2

 

Memórias e arquivos individuais, emoção:

Memories and individual archives, emotion:

 

Patrícia Vanzella

Luís Felipe de Oliveira

Raquel Vecchio Fornari

Maria Teresa Carthery-Goulart

 

Coordenador/coortdinator: Patrícia Vanzella

 

14h00- 16h00

 

Mesa-redonda 3/ Round table 3

Música, Memória e (re)construção de subjetividades

Music, memory and (re)construction of subjectivities

Ana Guiomar Rêgo Souza

Eliana Monteiro da Silva

Magda Clímaco

Márcia Ramos de Oliveira

Mônica Rebecca F. Nunes

 

Coordenador/ coortdinator Priscilla Perazzo

 

 

 

16h00-16h15

(Intervalo/ intermission)

 

16h00-16h15

(Intervalo/ intermission)

 

 

16h00-16h15

(Intervalo/ intermission)

 

16h15- 17h00

 

Sessão especial/ special session:

 

Memória da música e a lógica do mercado:

 

Memory of music and music industry

 

Cris Falcão

Dani Ribas

Léo Morel

Pena Schmidt

 

Coordenador/ coortdinator Renata Gomes

 

 

16h30- 17h00

 

Sessão MusiMid

MusiMid Session

 

Coordination/coordination: Heloísa Valente

 

 

 

 

16h15- 17h00

Sessão especial/ special session:

 

Saudades do Brasil: Le Boeuf sur le Toit: 100 anos

 

Saudades do Brasil: Le Boeuf sur le Toit: 100 years

 

Lina Noronha

Anfitrião/Host::Fernando Magre

 

17h00-18h00

 

Sessão especial PamVilla:

 

Heitor Villa-Lobos, a brasilidade e as memórias “inventadas

 

Cleisson Melo

Gustavo Bonin

Juliana Ripke

 

Anfitrião/Host: Raphael F. Lopes Farias

 

17h30 -18h30

Palestra/ Conference

Papel dos códigos culturais na espacialização da memória

Irene Machado

Anfitriã/Host: Mônica Rebecca F. Nunes

 

 

17h00- 18h00

Palestra/ Conference

Escuta e memória: tecendo a história da música a partir de vestígios sonoros em acervos hemerográficos digitais

Martha T. Ulhôa

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Anfitrião/Host:Márcia Carvalho  

 

18h00 -18h30

Homenagem a Jerusa Pires Ferreira e Christian Marcadet

Tribute to Jerusa Pires Ferreira and Christian Marcadet

Coordination/coordination Heloísa Valente

 

Tempo livre

Free time

18h30

 

Encerramento

Clousure

 

18h30-19h30

Lançamentos/ Books release